Como seria alcançar a paz...

Hoje vou com mais um, porque eu tô inspirado. Na verdade, quando acabar, já será amanhã. Mas isso pouco importa.

Estava olhando para minhas comunidades e vi uma de On the road, livro do Jack Kerouac, que a proósito está na lista dos meus livros bem abaixo.
Imagina atravessar o país sem um tostão no bolso. Pegando carona com quem aparecer, ocasionalmente saltando em vagões de trem ou em cargas de caminhão. Parando em algumas cidades pra conhecer, se hospedando na casa de um amigo perdido por ali, arranjando um emprego, pedindo um dinheiro adiantado por este estar em falta, não ir trabalhar mais depois disso, e fazer o que bem entender, ou seja, gastar todo o pouco dinheiro que se consegue em festas e bebidas. E talvez, se sobrar, pegar um ônibus para a próxima cidade. E ir fazendo isso, repetidamente, até chegar na última cidade do país, que provavelmente faz divisa com o oceano. E depois voltar, da mesma maneira.

Largar tudo. Simplesmente não permanecer tempo suficiente em um lugar pra alguém poder impedir de que se faça o que se quer. Ter amigos em todos os cantos do país, alguns deles considerar como irmãos, e algum dia hospedá-los na sua casa quando eles viajam da mesma forma. Conhecer as pessoas mais loucas e diferentes. Conhecer costumes que não existem na sua terra. E se divertir muito, e só fazer isso.

Talvez fazer isso tudo, mas em vez de ir de carona, ir com um conversível e sentir o vento bater na cara enquanto se dirige com velocidade. E poder sempre ver o pôr-do-sol, e quem sabe deitar em cima do capô pra olhar a lua e as estrelas numa noite limpa, que só o meio do nada pode proporcionar, com uma calma imensa à volta. E, quem sabe, despertar com o vento cálido da hora fria que antecede a aurora, e assistir ao espetáculo do nascer-do-sol. Só falta o violão.

Pra que mais que isso?

Comentários

Unknown disse…
Realmente, pra que mais que isso?
Os 'escrúpulos' impostos pelo sistema no qual vivemos nos dão a ideia de que a felicidade é algo complexo demais para ser alcançado. Ilusória influência para que pensemos que somos livres. Aquela ideia de 'Trabalharei 940 anos, depois aproveitarei a vida'. O negócio é dosar e aproveitar os momentos 'banais', fazer algumas loucuras...ser livre desses tais 'escrúpulos' impostos. Um espírito movido pela liberdade, é um espírito feliz.
Clarissa disse…
que vontade de ´sair on the road' é uma ideia fascinante. os prazeres da vida estão nessa capacidade nossa de se desprender das coisas, pouco a pouco...ser apenas necessários para nós mesmos. que bom que tu voltou ao blog gui. vou seguidamente vir aqui saber de ti :) bjos da mana de coração
Jéssica disse…
Pensei em um comentário culto e bonito como os outros e como você também merece por esses lindos textos que escreve mas ia demorar muito e estou aqui simplismente pra dizer que adoro seus textos pois se encaixam com momentos do meu presente,passado ou até com coisas que já pensei. Esse por exemplo, acredito ser o sonho de todos sair sem rumo,dinheiro... em busca da felicidade, esta a qual tenho certeza ser a busca constante de todos :D
Enfim, Parabéns pelos textos Gui e continue escrevendo ;*
Jonaldo disse…
Esse gurí é um autor crônico de primera!
Ele diz que é um ''fazedor de crônicas'',
mas eu digo que ele é autor (é mais chic). :D

Brincadeiras a parte, seus textos são ótimos, trazem uma capacidade de reflexão e imaginação surpreendentes.
abraço.
Ana Claudia Braga disse…
Meu pensamento capitalista preferido ^^
Se eu não soubesse, eu mesma poderia ter escrito esse...
Conversível vermelho é a minha cara!;] hehe
Liberdade...paz...sinônimos talvez!
Amanda disse…
Não sei por que, mas ler esse teu post me deu uma incrível vontade de viajar e esquecer dos problemas. Ainda não li este livro, mas acho que é uma boa dica pra quem precisa aproveitar mais a vida!
Além disso, apesar de nunca antes ter entrado no blog, adorei a forma com que você escreve.
Beijo Gui!

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